quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Sangue artificial

Olho pra trás em busca de um motivo pra existir
Quase nunca acho
Talvez a sensação de que a minha existência não torna nada melhor
Talvez nada tenha sentido quase todos os dias

Perco-me nos sonhos impossíveis
Nos amores improváveis
Que nunca desisto

Penso na paciência com todos os amores
E a nenhuma paciência com nada mais

Sonhos não realizados
Lágrimas todos os dias derramadas
Angustia diária

Na tentativa de ser útil
Entrego-me aos problemas das pessoas ao lado
Que vão sem deixar adeus

Difícil demais saber qual caminho seguir
Qual desafio será agora

O pior sentimento e não saber como senti-lo
Não saber como arrancá-lo de dentro
Não saber dizer sai de mim, some, desaparece
Daí-me paz preciso ficar sozinha

Uma vida não vivida
Horas sem minutos
Sangue artificial em mim


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